3 de dezembro de 2020

VII Jornada de Securities Services: Tecnologia e operações face a uma nova realidade

3 de dezembro de 2020
  • O Cecabank organizou a VII edição da Jornada de Securities Services. É o principal fórum de post-trading espanhol, no qual participaram representantes de organizações do setor. Estes incluíram o Banco de Espanha, o BCE e a CNVM, entre outros
  • Nesta nova edição, foram debatidas questões atuais para o setor no âmbito da COVID-19. Também as alterações regulamentares e tecnológicas que afetarão à indústria do investimento

As alterações que a COVID-19 introduziu em 2020 impulsionaram a utilização e implementação de novas tecnologias em vários setores. A indústria de Securities Services é, evidentemente, uma delas. A adaptação à nova situação tornou-se o foco principal de muitas estratégias nos setores de investimento coletivo. As mudanças tecnológicas e regulamentares têm sido companheiros incontestáveis.

Esta VII edição da Jornada de Securities Services organizada anualmente pelo Cecabank tem reunido especialistas e profissionais do setor de diferentes instituições. Entre eles estavam o Banco Central Europeu (BCE), Comissão do Mercado de Valores (CNVM), Banco de Espanha, Ibercaja Gestión, Kutxabank Gestión, Caixabank AM e Deloitte Consulting. Moderados por profissionais do Cecabank, Expansión e Fund People, debateram várias questões atuais para o setor e a indústria do investimento.

O encontro, realizado em formato online, contou com a participação de mais de 400 profissionais provenientes de 260 entidades. Foi estruturada em duas mesas redondas que abordaram as mudanças para gestores e supervisores num ambiente atual de mudança e a sustentabilidade de post-trading como o exercício de voto responsável. Além disso, foram realizadas duas apresentações no evento, uma sobre os projetos a serem realizados pelo BCE e a outra sobre a otimização da gestão informática como motor da transformação digital.

Apresentações da Jornada

A Jornada de Securities Services foi iniciada por Ángel Benito, diretor da CNVM. Benito abordou a adaptação em curso que a CNVM fez este ano devido às novas circunstâncias da crise sanitária. Foram também analisados alguns dos desafios enfrentados pelo mercado nos próximos meses e expressou a total disponibilidade da CNVM para manter um diálogo aberto a fim de enfrentar esta nova realidade.

José María Méndez, CEO do Cecabank, também participou. Méndez explicou que o tema escolhido para a jornada deste ano deve-se ao facto de "estarmos num ponto de viragem na indústria do investimento onde as tendências que têm aumentado nos últimos anos consolidaram-se e a utilização da tecnologia tornou-se num diferenciador em todas as áreas, mas especialmente entre os prestadores de serviços em pós-contratação".

Jorge Vergara, Lili Corredor e Joseba Orueta, representando o CNVM, Ibercaja Gestión e Kutxabank Gestión respetivamente, deram início à primeira mesa de discussão. Concentrou-se no diálogo de mudança entre gestores e supervisores, resultante desta nova realidade. Nela, os peritos disseram que muitas das mudanças que introduzimos nos últimos meses permanecerão, sem dúvida, connosco. O intenso trabalho realizado pelos supervisores, gestores, comerciantes e depositários garantiu que a confiança dos investidores no investimento coletivo espanhol se tenha mantido apesar das flutuações do mercado. A nossa indústria reagiu muito mais positivamente do que a de outros países europeus e mesmo em relação à crise anterior.

Mayte Arráez, Deputy Head of Division Market Infrastructure & Payments no BCE participou na segunda mesa de discussão do dia. Foi dedicada aos projetos do BCE face a esta nova realidade. Arráez centrou o seu discurso nos diversos projetos em curso nas infraestruturas europeias e no projeto da implementação do euro digital em que o Banco Central Europeu está a trabalhar.

Por outro lado, Lluis de Torres e Luis Jiménez, representantes do Caixabank AM e Cecabank respetivamente, debateram a mudança necessária do negócio de post-trading para a sustentabilidade. Especificamente, referiram a importância de gestores de fundos e depositários trabalharem em conjunto para garantir que os fundos exercem os direitos políticos das suas unidades de forma socialmente responsável. De Torres explicou que "no CaixaBank Asset Management estamos a fazer progressos no âmbito do nosso Plano Estratégico de "Rentabilidade Responsável" na iniciativa do ISR para terminar o próximo ano como referência em sustentabilidade no setor. Através do investimento responsável, não estamos apenas a fornecer soluções de investimento, fornecemos soluções para problemas sociais e, ao mesmo tempo, acrescentamos valor ao poder transformador dos nossos clientes ou partes interessadas".

Seguiu-se Marco Rabanal da Deloitte Consulting. Rabanal abordou a mesa dedicada à otimização na gestão informática como motor da transformação digital. Nela explicou que a tecnologia é um meio a ser utilizado para alcançar os objetivos das organizações. Nunca deve ser visto como um fim em si mesmo. A criação de modelos de negócio rentáveis, redução de custos ou a criação de novos serviços têm um aliado na tecnologia.

Finalmente, a sessão de encerramento da jornada de Securities Services foi dedicada ao futuro das infraestruturas de mercado. Carlos Sanz, diretor de sistemas de pagamento do Banco de Espanha, apresentou uma visão do futuro das infraestruturas de valores e pagamento europeus num ambiente globalmente competitivo.

Adaptação a esta nova realidade

Ao organizar esta jornada pelo sétimo ano consecutivo, o Cecabank está a consolidar a sua posição como uma referência de confiança em Securities Services.

O Cecabank é atualmente o maior depositário nacional independente de instituições de investimento coletivo, fundos de pensões e fundos de capital de risco. Conta com mais de 145 400 milhões de euros. É também o principal fornecedor nacional de serviços de liquidação e custódia, com 176 700 milhões de euros. Colabora ativamente com empresas de gestão em aspetos regulamentares, operacionais e comerciais, fornecendo uma garantia de não concorrência com os seus clientes.

A entidade empreendeu numa grande transformação digital do seu negócio de Securities Services. Tudo isto com a finalidade de reforçar a sua cadeia de valor, aproveitando as oportunidades apresentadas pelo novo ambiente. Também fornece soluções inovadoras que respondem às necessidades dos seus clientes.

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