Entrevista a Aurora Cuadros, diretora corporativa de Securities Services do Cecabank
O Cecabank está totalmente empenhado na igualdade e na diversidade. Os factos assim o demonstram, recentemente recebemos o reconhecimento da Equipos y Talento pelo compromisso do Cecabank em contribuir de forma ativa nesta matéria, garantindo a igualdade de oportunidades e potenciando a riqueza da diversidade. No mesmo encontro, recebemos também o selo Empowering Women’s Talent como empresa empenhada na capacitação e liderança femininas, um dos melhores reconhecimentos do empenho ativo de toda a entidade na promoção de um ambiente de trabalho diverso e inclusivo. Estamos plenamente conscientes do poder que as organizações têm para alcançar uma sociedade mais igualitária, o que nos leva a projetar-nos num futuro claro para alcançar este objetivo, dando o nosso contributo.
Explique-nos o seu percurso no Cecabank desde a sua entrada no Departamento de Consultoria até hoje.
Parece incrível que tenham passado vinte anos desde que comecei a minha carreira no Cecabank, mais concretamente no Departamento de Consultoria e Gestão da Qualidade como Senior Consultant e, mais tarde, como Senior Project Manager.
Em 2015, fui nomeada Diretora de Coordenação de Operações e, no desempenho deste cargo, tive a oportunidade de liderar diversos projetos relacionados com o âmbito de Securities Services e a transferência de negócios de depositário.
Em 2019, fui nomeada Diretora de Serviços de Títulos e Numerário e, a partir de 2021, assumi o cargo de Diretora Corporativa da Área de Securities Services.
Foi um percurso de crescimento não isento de complexidades, mas que enfrentei rodeada de grandes equipas, em que a maior força foi a partilha de objetivos e de formas de fazer.
Como enfrentou os obstáculos e as mudanças na sua carreira profissional para se tornar Diretora Corporativa da Área de Securities Services?
Desempenhei todas e cada uma das funções da minha carreira profissional com a maior responsabilidade, mas também com entusiasmo. Parecem-me ser duas qualidades imprescindíveis para abordar o dia a dia em qualquer função e para fazer face aos desafios que uma promoção implica.
Outro aspeto fundamental é a capacidade de criar uma equipa através de uma liderança positiva, que envolve as pessoas que nos rodeiam e as torna parte integrante dos progressos dos projetos.
Já enfrentou algum preconceito ou estereótipo de género durante a sua carreira profissional?
Trabalhar no Cecabank oferece a grande vantagem de prestar serviços numa Entidade que aposta verdadeiramente na meritocracia, sem condicionantes. Não só isso, como também coloca a conciliação da vida pessoal e profissional na posição chave que merece. A partir desta dupla perspetiva, o caminho é percorrido tendo em conta as complexidades do negócio e não as de género.
Atualmente, quais são os seus principais objetivos e a sua perspetiva sobre o desenvolvimento da empresa?
O objetivo a que me proponho diariamente é o de contribuir para o crescimento do Cecabank. A nossa consolidação como banco grossista espanhol em serviços especializados de valores, tesouraria e pagamentos, bem como a nossa posição de liderança absoluta em serviços de depositário em Espanha e Portugal, assentam em valores fundamentais para criar e manter a confiança de que o negócio e os nossos clientes necessitam. A nossa independência, a neutralidade, a especialização e a capacidade de investir e de colocar à disposição das entidades um ecossistema que lhes permite tirar partido da tecnologia, fizeram de nós o melhor companheiro de viagem das sociedades gestoras e dos investidores. Demonstrámos um conhecimento profundo e uma especialização crescente em serviços de custódia e depositário.
A partir daí, trabalhar para que o Cecabank continue a crescer e para que se possam abrir novos horizontes deve ser o objetivo definido no nosso Plano Estratégico e no qual a Área que lidero tem uma grande responsabilidade.
Como promove o talento feminino e a diversidade na sua equipa e na empresa em geral?
Tenho a imensa sorte de estar rodeada de grandes profissionais e, como referi anteriormente, aqui a meritocracia é valorizada sem preconceitos. A partir desta visão, identifico os melhores talentos e procuro atraí-los e potenciar a sua liderança para que possam ocupar os cargos e assumir as responsabilidades que farão crescer os colaboradores e, consequentemente, a Entidade.
Foram implementadas iniciativas para fomentar a participação e o desenvolvimento profissional das mulheres no setor financeiro?
No Cecabank, estamos empenhados na igualdade de género, promovendo a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. É por esta razão que tomámos medidas a todos os níveis, bem como a sua participação em programas de desenvolvimento. Promovemos igualmente diversas iniciativas para fomentar a conciliação, implementar normas globais para a licença de maternidade/paternidade, promover o recrutamento, o desenvolvimento profissional e a igualdade de remuneração, bem como para incentivar a sensibilização.
Quais são, na sua opinião, os desafios enfrentados pelas mulheres em cargos de direção ou cargos técnicos no setor dos serviços financeiros?
Não só no setor financeiro, mas em todo o tecido produtivo, a redução da diferença salarial entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções e a adoção de medidas que promovam a conciliação e o apoio à igualdade de oportunidades deve ser um objetivo prioritário. Os estudos revelam que os homens demoram, em média, 6 anos a chegar a cargos de direção, ao passo que as mulheres demoram, em média, 7,5 anos e, na maioria dos casos, com uma diferença salarial significativa. Além de tudo isto, a falta de modelos a seguir, o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, a falta de apoio por parte da direção e a disparidade nas promoções contribuem para esta situação.
No caso do Cecabank, levámos este desafio muito a sério como prioritário, ao ponto de termos sido certificados como Empresa Familiarmente Responsável. Estamos conscientes de que ao sermos mais responsáveis com os nossos colaboradores e a sociedade, somos mais competitivos.
Que conselhos daria às novas gerações para progredirem a nível profissional?
Temos a grande sorte de ter jovens bem preparados para enfrentar os desafios de uma sociedade globalizada. Chegou o momento de lhes dar oportunidades para começarem a contribuir para o sistema. Neste sentido, a minha recomendação para estas novas gerações é que comuniquem, que enfrentem o dia a dia com ambição, que sejam flexíveis à mudança, estejam dispostos a ouvir e procurem um líder com uma visão clara como referência.
