31 de maio de 2023

José María Méndez: «Queremos fidelizar a nossa relação com os clientes»

FundsPeople

A entidade atingiu 202 mil milhões de euros em ativos depositados em 2022 e alargou a oferta de serviços para ampliar a cadeia de valor de Securities Services.


José María Méndez, diretor-executivo do Cecabank.

A entidade centra-se em três linhas de negócio: Pagamentos, Tesouraria e Securities Services. Esta última linha de negócio engloba todos os serviços de pós-contratação de títulos negociáveis e instrumentos financeiros tais como de depositário, registo, custódia, execução, compensação e liquidação. No final de 2022, o Cecabank atingiu 275 376 milhões de euros em ativos custodiados e 202 000 milhões de euros em ativos depositados, consolidando a sua posição de liderança em Espanha. Estes são números com os quais José María Méndez, Membro do Conselho de Administração do Cecabank, reconhece estar "muito satisfeito".

De acordo com o executivo, a entidade adotou uma série de medidas para tentar "alargar a cadeia de valor de Securities Services e fidelizar a relação com os clientes". Alguns exemplos são os serviços de transmissão de votos, os serviços fiscais e os de reporting.

"As comissões de custódia e de depósito são muito baixas, pelo que é importante ter massa crítica e economias de escala. É aqui que a tecnologia é essencial. Mas também é fundamental complementar a cadeia de valor com soluções adicionais que possam ser prestadas pelas sociedades gestoras para aumentar a sua eficiência e a qualidade de serviço", afirma.

Em relação ao futuro, Méndez aponta três vetores de crescimento para a entidade: ativos digitais, ASG e regulamentação. Entretanto, a empresa realizou um forte investimento em projetos de inovação tecnológica com o intuito de oferecer mais funcionalidades aos seus clientes. No último ano, o Cecabank empreendeu 19 iniciativas de transformação tecnológica no âmbito do Plano Tecnológico 2022-2025, visando impulsionar o negócio e aumentar a sua resiliência operacional. "Para atingir os nossos objetivos, temos de continuar a investir no talento e na tecnologia", sublinha o Membro do Conselho de Administração do Cecabank.

Desafios e adaptação

O executivo não exclui a possibilidade de pôr um pé fora de Espanha. "Estamos a explorar as possibilidades de nos aproximarmos do Luxemburgo. É um hub importante da União Europeia para atrair investidores. O nosso papel será acompanhar os nossos clientes como depositário quando pretenderem registar os seus fundos de investimento naquele país", explica.

Nos últimos anos, a entidade registou um forte crescimento em Fundos de Capital de Risco (FCR) e Sociedades de Capital de Risco (SCR). "Crescemos também neste tipo de veículos, o que implica novos desafios de adaptação para o depositário no que se refere aos prazos de supervisão e cálculos do valor patrimonial líquido em ativos ilíquidos, uma vez que surgem novas tarefas de verificação e utilidade, entre outras questões", defende.

A entidade está igualmente a trabalhar num teste de conceito para a custódia de ativos digitais com um cliente. Trata-se de um teste-piloto sobre um ativo digital tokenizado e outro sobre a custódia de criptomoedas. "Queremos aprender e estar preparados para quando o cliente quiser comercializar este tipo de produtos", declara.

Méndez aposta na separação entre o depositário e a sociedade gestora. "Somos um depositário neutro e independente. Neutro porque não gerimos, dedicamo-nos apenas ao depósito e à custódia, e independente porque não comercializamos quaisquer produtos para os clientes retail. Não dispomos de uma rede de distribuição de retalho e acreditamos que esta reforça a confiança e a ação de supervisão que podemos exercer sobre as sociedades gestoras", conclui.

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