24 de maio de 2021

María Ángeles Vicente: "Em termos de diversidade, temos trabalhado na atualização e adaptação dos regulamentos ao nosso Plano de Igualdade"

Corresponsáveis

24 de maio de 2021

Entrevista da Corresponsables à nossa diretora de Talento, María Ángeles Vicente

María Ángeles Vicente explica o plano estratégico da entidade, em que um dos principais eixos é a diversidade, e a adesão à carta da diversidade. A diretora de talento do Cecabank assegura que a organização está a fazer um percurso de promoção da inclusão e da conciliação há vários anos através de diferentes medidas independentes, e que este ano que se tem concentrado na diversidade através de um plano específico que inclui a obtenção do certificado EFR, a elaboração de um guia para a linguagem inclusiva e também a adesão à carta da diversidade

Pergunta: Quando e como começou o compromisso com a diversidade?

RESPOSTA: O Cecabank é uma entidade com um grande compromisso há muitos anos. Em julho de 2010, assinámos o nosso primeiro plano de igualdade com a representação dos trabalhadores. Desde então, existe um compromisso claro e firme da organização com a diversidade. Ainda que quando realmente ganhou mais força foi a partir do ano de 2017. Nesse ano, iniciámos o nosso atual Plano estratégico, no qual as pessoas se tornaram o foco principal. A partir desse momento, concebemos diferentes ações que gravitavam em torno das pessoas como centro, tendo a diversidade sido um dos principais eixos.

P: Nestes dias de celebração do mês da diversidade, em que contexto aderiu o Cecabank à carta da diversidade? Que ações estão a ser desenvolvidas no âmbito desta aliança?

R: O Cecabank está a fazer um percurso de promoção da inclusão e da conciliação há vários anos através de diferentes medidas independentes. Este ano, unimos a nossa abordagem sobre a diversidade através de um plano específico, o qual incluía, por exemplo, a obtenção do certificado EFR, a elaboração de um guia de linguagem inclusiva e também a adesão à carta da diversidade. Nesta abordagem mais holística, consideramos a comunicação é como uma parte fundamental. Em primeiro lugar, a comunicação interna para fomentar a conciliação dos nossos colaboradores. Além disso, tivemos uma conversa com a direção para incentivar o talento feminino e os diálogos com especialistas. Em segundo lugar, a comunicação externa, que implica valorizar o que fazemos. Se não valorizarmos as iniciativas e projetos, podem passar despercebidos e é como se nada tivéssemos feito. Acreditamos que isto é importante e, por essa razão, é necessário contribuir para um contexto empresarial diversificado.

P: Qual o compromisso da empresa com a diversidade?

R: Ainda que seja certo que por sermos um banco grossista o nosso nível de especialização é alto, este facto por vezes dificulta o trabalho de encontrar os perfis adequados. Mas o nosso compromisso é amplo e, neste sentido, abrimos uma linha de ação nos últimos dois anos para promover a inclusão de pessoas com capacidades diferentes na nossa empresa. Outro dos desafios que quisemos abordar este ano para consolidar o nosso compromisso com a diversidade é conseguir a certificação EFR, concedida pela Fundación MásFamilia, que nos foi atribuída recentemente, em abril.

P: Em que área da empresa se promove mais a diversidade?

R: Em termos das condições de trabalho, trabalhámos nas medidas relacionadas com a flexibilidade e a conciliação. Contudo, estas medidas devem ser promovidas nos vários domínios dos recursos humanos, desde os processos de seleção ao desenvolvimento pessoal e a promoção de talento, passando pela formação, saúde no trabalho e gestão das retribuições.

P: Que programas de diversidade do Cecabank devem ser destacados?

R: Os programas de flexibilidade horária e de teletrabalho que implementámos em 2017, no início do nosso plano estratégico. Ambos fomentam a conciliação e, deste modo, promovem a diversidade. Realizámos diversas iniciativas de divulgação com o objetivo de sensibilizar. É muito relevante destacar o curso dirigido a todos os colaboradores da empresa, ministrado por Mercedes Wurlitz, a fundadora e diretora-geral do Top100 Mulheres Líderes em Espanha, e que constituiu uma conversa muito inspiradora. Além disso, realizámos uma sessão sobre a linguagem inclusiva, que divulgámos através de um guia. Também temos de destacar o investimento em formação através de programas de qualidade e desenvolvimento coletivo para o nosso melhor talento. Este ano, iniciaremos um programa de desenvolvimento de talento feminino em Power in Woman´s Talent para aprofundar este âmbito.

P: Que relevância tem para o CecabanK a comunicação da RSE?

R: A nossa RSE, para além da dimensão da diversidade, que é muito relevante, desdobra-se num plano de sustentabilidade que integra aspetos ambientais, sociais e de boa governação. Entre as ações mais destacadas, encontra-se o programa "Tú Eliges", que doa 100.000 euros a todas as iniciativas propostas. Estas propostas são apresentadas pelos colaboradores/as e são votadas pelos próprios trabalhadores/as, o que também suscita muito orgulho de pertença e participação por parte do pessoal. A participação é muito elevada, e este ano, em plena pandemia, foi de 77%, o que demonstra que é uma das ações que desperta um grande compromisso nos nossos colaboradores.

Por outro lado, o rigor é uma das nossas marcas distintivas, pelo que é importante para nós transmitir informações de qualidade, transparentes e rigorosas. Por esta razão, estamos a elaborar o Estado de Informação Não Financeira (EINF) nos últimos anos. Este relatório evidencia o nosso trabalho em matéria de RSE. Parece-nos igualmente importante que o nosso EINF seja conhecido pelos stakeholders com os quais nos relacionamos e, por conseguinte, alterámos a conceção para o tornar mais atrativo, estando também publicado no nosso website.

P: Quais são os desafios em matéria de RSE e de sustentabilidade?

R: Em matéria de diversidade, estamos a trabalhar para atualizar e adaptar os regulamentos ao nosso Plano de Igualdade, e um dos desafios que enfrentamos é a redução da disparidade salarial. Outro dos nossos objetivos é continuar a identificar o talento feminino que está presente na entidade, a fim de impulsionar a liderança das mulheres e de lhes permitir ocupar funções de maior responsabilidade. E, sem dúvida, alargar os âmbitos na diversidade. Ainda que agora o foco esteja muito centrado na diversidade de género, uma vez que está muito presente no debate público e político, também devemos trabalhar noutros aspetos, como a integração de pessoas com capacidades diferentes e a incorporação de novos âmbitos, como a diversidade geracional. Julgo que devemos continuar a crescer ao longo deste caminho.

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